sexta-feira, setembro 29, 2006

DISSERTAÇÃO DO PAPA SOBRE CRIME SEGUIDO DE ORGIA

Música dos Titãs no disco Titanomaquia. Não sei porque postei...

DISSERTAÇÃO DO PAPA SOBRE O CRIME SEGUIDO DE ORGIA

O assassinato é uma paixão como o jogo, o vinho, os rapazes e as mulheres, e jamais corrigida se a ela nos acostumar-mos. O crime é venerado e posto em uso por toda a terra, de um pólo a outro se imolam vidas humanas. Quase todos os selvagens da América matam os velhos se os encontram doentes. É uma obra de caridade por parte dos filhos. Em Madagascar, todas as crianças nascidas às terças, quintas e sextas feiras são abandonadas aos animais ferozes. Constantino, imperador tão severo e querido dos cristãos, assassinou o cunhado, os sobrinhos, a mulher e o filho. Nos mares do Sul, existe uma ilha em que as mulheres são mortas como criaturas inúteis ao mundo quando ultrapassam a idade de procriar. Em Capo Di Monte, se uma mulher dá à luz a duas crianças gêmeas o marido logo esmaga uma delas.
Quando Gengis Khan se apoderou da China mandou degolar à sua frente dois milhões de crianças. Os Quóias furam as costas das vítimas a pancadas de azagaia, em seguida cortam o corpo em quartos e obrigam a mulher do morto a comê-lo. Os Hurões penduram um cadáver por cima do paciente, de maneira a que possa receber na cara toda a imundice que escorre do corpo morto, atormentando assim o desgraçado até que ele expire. Os Irlandeses esmagavam as vítimas. Os Noruegueses perfuravam-lhes o crânio. Os Celtas enfiavam-lhes um sabre no esterno. Apuleio fala do tormento de uma mulher cujo pormenor é bem agradável, coseram-na com a cabeça de fora, dentro da barriga de um burro ao qual tinham sido arrancadas as estranhas. Deste modo foi exposta aos animais ferozes.

terça-feira, setembro 26, 2006

O BANQUETE DA GUERRA

O banquete da guerra
Está servido no chão
Misturado com a terra
Traz sangue nas mãos
O banquete da guerra
Vem da mutilação
De soldados que matam
Sem alguma razão

A fome da guerra

Escombros; feridos

Em nome da guerra

As armas; o grito

Que nunca se encerra
E muito mais se erra

O banquete da guerra
É temperado com lixo
Acompanha suco de pedra
E doce de vísceras para a sobremesa

A fome da guerra

Saciar poderosos

A fome da guerra

Overdose de poder

Trocadilho Imperdoável

No domingo das eleições, não vou beber pois vou dirigir. No domingo, não quero Álcool em mim!(alckmim)

IGUALDADE

Eu sei que existe igualdade
E dentro da pirâmide mesmo
A base e o topo são os mais iguais(entre si)
Na base, os miseráveis, sempre a mendigar
No topo, os milionários, sempre a consumir
e refletindo bem...

...no meio, a classe média, fazendo tudo ao mesmo tempo agora
Copiando a base e o topo
Querendo tudo que não tem
Tendo o que não quer ter

domingo, setembro 03, 2006

CURTAS

Outro dia ouvi de um motorista de ônibus uma coisa muito interessante. Ele chamou o bar onde tomaria sua cerveja de farmácia. Óbvio, Álcool também é droga!

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Uma professora peruana, recomendou aos seus alunos brasileiros, um texto em espanhol. Ainda bem que ela não é russa!

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E pensando nessa coisa de linguagem, me veio um sentimento estranho sobre o nosso português. Não consigo entender a nossa (má) sorte. Somos o único país da América Latina a falar o português.
Como observador que sou, vi que muitos estrangeiros que por aqui passam dizem "gracias", e não, "obrigado". Alguns até arriscam falar a palavra em português mas a maioria fala em espanhol. Estranho...

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Do neguinho e do negão

A rua é uma ótima professora. Se você parar por um minuto e só observar o que se passa, verá que há muito mais do que o que podemos imaginar. É maravilhoso!
Outro dia comecei com minhas loucuras e pensei imediatamente neste texto. Um cara chama outro de neguinho. Talvez porque o apelidado era de baixa estatura. Noutra chance, um cidadão cumprimentou um outro cidadão, desta vez bem alto, chamando-o de negão. êta, Bahia porreta. Terra do neguinho e do negão. Lembro do André Mixarol cantando:" Nosso egoísmo coletivo/Nosso racismo cordial..."

DE VOLTA À REALIDADE

De Volta À Realidade

É dessa forma que retomamos a nossa rotina, mesmo que o assunto a perdurar por mais um bom tempo será a derrota brasileira na Copa do Mundo.A seleção milionária, do jogador-fenômeno, do melhor do mundo, do galã-virgem, do recordista em não fazer faltas e do imperador não conseguiu passar das quartas-de-final. Parece-me que a vaidade resolveu falar mais alto em campo e o rendimento de alguns jogadores foi extremamente negativo. Enquanto o Lúcio não faz faltas, o Cafu e o Roberto Carlos também não fazem falta nenhuma à seleção. E o Kaká? O que pode ser dito sobre o garoto? Seu “descabaçamento” não lhe rendeu bons frutos. O mais bonitinho e genro que toda sogra pediu a Deus, decepcionou. Todos sabemos de suas qualidades individuais, assim como todos os outros jogadores, logo, podemos imaginar que faltou a coletividade. A não ser na hora do samba, que sempre rolava nos deslocamentos da turma do Parreira.Como diz o jornalista José Simão, da Folha de São Paulo, todo técnico é burro, portanto, não vou culpar o treinador de toda essa desgraça brasileira.Tudo bem, o Robinho devia ter entrado antes, etc. Mas deixa para lá. O que importa é que estamos de volta à nossa realidade. Dos vinte e três jogadores, só três atuam no Brasil e estavam como opções no banco de reservas. O Brazil jogou e não o Brasil. Dos vinte e três jogadores, nenhum se preocupa tanto com as contas do mês, com a quantidade de filhos, com as condições de moradia, com aluguel, etc. O povo brasileiro representado por ex-brasileiros que, no meu ponto de vista, não são os melhores jogadores para uma seleção, gastou por eles. Olhe para as ruas, mudou-se a pintura dos meios-fios, postes e fachadas. O verde e amarelo coloriu as ruas. As pessoas renovaram seus guarda-roupas com a camiseta da seleção canarinho. Tudo isso em nome do futebol. Claro, tínhamos o melhor do mundo em campo! Se ele decepcionou, azar o nosso, pois a conta bancária do cidadão está bem poderosa.Se ganhar o jogo fosse dar aos brasileiros melhores condições de vida e saúde, estaria totalmente triste. Fiquei triste, sim, pois sou brasileiro, mas sou brasileiro de olhos abertos. Nada de fé cega comigo. Em vez dos pés, todo o corpo para trás. Então, perder a partida significou para os jogadores a perda do “bicho”, que engordaria as suas contas bancárias e não seria declarado no imposto de renda.Se ganhar nos fizesse sair da incômoda posição de campeão das desigualdades sociais, estaria totalmente triste. O brasileiro que não desiste nunca( nem sabe do quê), é quem vai segurar os pepinos e abacaxis. É quem vai lamber os sapatos do patrão para manter o emprego. É o que vai suar a camisa e ganhar o jogo...da vida e sobrevivência. É quem não tem a oportunidade de ouvir o Galvão “Bobueno” defecar palavras. Basta viu!E como diz o Macaco Simão: “Acorda, Brasil, que eu vou dormir!”

Sinais de Amor

- Prá direita...aê...tá ficando bom...vira mais um pouco...- Não ficou bom ainda?- Tá ficando...mexe mais...- Já estou cansado...essa posição é incômoda para mim.- Ah...tenta mais um pouco, vai!- Tá bom. Mas me ajude. Dê uns gritinhos quando estiver bom...- Então deixa comigo!- E aí? Como está?- Tá ficando bom...ai...ai...aííííííííííííííííí...- Posso descer agora?- Pode. Ainda bem que você conseguiu a posição correta antes de começar a novela.- É. Pelo menos eu seu que vou assistir ao mengão hoje. Amanhã pela manhã irei lá na Saldanha da Gama para comprar uma nova antena. Vou comprar logo uma daquelas de 24 elementos e prender de forma mais firme para que nenhum vendaval consiga modificar a posição.- Ah, amor!! Mas eu queria mesmo que você comprasse uma daquelas mini-parabólicas, sabe?-Eu vi lá naqueles prédios da rua de cima. Toda janela tem uma.- É mesmo...vamos comprar uma daquela!- Eu não quero não. Depois a gente enjoa e fica pagando caro por algo que nem usa muito.- Mas tem os filmes que não passam na sessão da tarde. É bem melhor. São os filmes que saíram há pouco do cinema...- Sem essa...eu li numa revista outro dia: DESLIGUE A TELEVISÃO E VÁ LER UM LIVRO. Imagine se todo dinheiro que gastamos com energia consumida da televisão fosse destinado à compra de livros? Já teríamos uma biblioteca.- Humm...já existe biblioteca no computador, bem!!- Tô nem aí para essas merdas...Quando quiser assistir à um filme bom, vai lá na locadora e pega um, eu pago pra você. É bem mais romântico. Podemos assistir quando quisermos.- Sabe de uma coisa, seu pão-duro duma figa? Eu te amo por não me deixar influenciar por essas coisas do mundo capitalista. Deixa pra lá a "antena paranóica", os 24 elementos, o mengão, Belíssima e o escambau. Deixa só as nossas antenas manterem os contatos. A emissora e a receptora se confundem com a quantidade de sinais de AMOR. Esquece a palha de aço, o tubo pvc, o coaxial...sinais de amor nas antenas do mundo...é só o que precisamos.- Você me impressiona, meu amor...E o casal beijou-se...da continuidade, todos sabem. No rádio tocava a balada Patience, do Guns and Roses, antes que pegassem no sono.

BRASIL ZIL...ZIL...ZIL...ZIL...

Vou votar na seleção brasileira de futebol para presidente. Imagine que a cada quatro anos renova-se os jogadores e... tem Copa do Mundo. Os presidentes do Brasil irão jogar a Copa. Viveremos um novo regime ditatorial: A Ditadura da Bola (isso não pegou muito bem, ficou um duplo sentido nisso, aiaiai...) . Todo o ministério será formado por cada jogador. Cada um na sua posição.
A idéia até que é válida pois o povo brasileiro está sempre atento aos jogos da seleção, mesmo se for contra o combinado de Propriá, comemorando o centenário da cidade sergipana. E ainda estará lá o Galvão Bobueno gritando Rrrrroooonnnaaaalllddddiiiinnnnhhhooooo!!!
Esse espírito patriota, fruto de Copa do Mundo, é o mais falso. Os "brasileiros" deveriam vestir a camisa com a foto de algum jogador, assim, representaria melhor a seleção de futebol e não o Brasil.
Por que, quando há Copa do Mundo de Vôlei, basquete, iatismo e tantos outros esportes, a mobilização não é a mesma??? Resposta: Fruto do capitalismo. Simples assim (isso não é propaganda).
Quando a publicidade afirma ser o futebol a paixão nacional, muitos acreditam. Isso se espalha como um vírus da loucura futebolística. A TV deixa de apresentar um programa mais informativo ou até mesmo um bom filme para apresentar um jogo totalmente inexpressivo. Isso acaba por envolver interesses diversos. Desde aquelas ( droga, uma dessas vendedoras acabou de me ligar, me oferecendo um título de capitalização e uma camiseta...da seleção brasileira) placas de publicidade no campo ao interesse de audiência das emissoras.
São diversos fatores que contribuem para a alienação boleira. O público se diverte com os dribles, xinga a mãe do juiz, ofende o torcedor e o time oposto e não ganha nada mais em troca. Da final sai o campeão, quem tiver que comemorar, comemora. E no dia seguinte continua a mesma coisa. Trabalho, ônibus lotado, engarrafamento, assalto, confusão, violência, corrupção, etc.
Lembrem-se: SELEÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL PARA PRESIDENTE
Teremos hexa, hepta, octa, enea e dacacampeonato. Ruim vai ser conseguir rima pra tudo isso. Vai ver que será o fator preponderante que não deixará o Brasil ganhar o hexa, a RIMA.
Na final mais complexa, Brasil foi hexa!!
Ninguém se completa, Brasil será hepta!!
Me ajudem a rimar!!!