domingo, dezembro 28, 2008

Contradições

Eu queria continuar o post anterior, mas resolvi escrever sobre uma coisa que me encuca já há muito tempo. Encuca, mas ao mesmo tempo é extremamente engraçado.

Muito comum é andar pelas ruas de Salvador e ouvir, de forma obrigatória, músicas que não condizem com o meu gosto pessoal, aliás, ecletíssimo, mas direcionado ao que entendo como bom. Ontem, dia 27/12, já era madrugada quando eu e minha mãe conversávamos sobre coisas da vida e ela me chamou atenção para algo que ela chamou de "Música do Verão":

- Cleber, você já ouviu a música do verão?
- Não!
- Eu acabei de ouvir uma palavra dela: PICA!
- Yeah! Bem true!

É verdade, meu povo! Eu acho isso bem true, mesmo! Pra mim é ainda mais brutal ter a coragem de dizer isso numa música tão popular e massiva quanto o pagode, aquela bagunça feita com a música baiana.

Eu me atentei, então, para o fato de isso estar intrinsecamente ligado à música massiva brasileira e à sociedade como um todo que aceita determinadas coisas em músicas que estejam do lado "deles".

Pausa

"Quem são eles?/Quem eles pensam que são?" - Humberto Gessinger - 3ª do Plural.

Retomada

Se eu falar isso em qualquer lugar que seja... dentro de um ônibus, por exemplo, e não vier dentro de um ritmo ou de uma batucada, minha PICA será levada à sério, podendo chegar ao ponto de ser cortada (censurada) ou eu ser extremamente espancado pelos mesmos falsos-moralistas de outrora, que dizem "Eu quero enfiar minha PICA no teu cu", mulher, mas que vêem problema na MINHA PICA.

E assim vão outros libelos pós-modernos que não são afronta alguma à sociedade e aos seus bons costumes.

E eu vou rindo de quem se estressa com tudo isso...

Minha PICA pra vocês!

Rá, rá, rá, ri, ri, ri... rs rs rs...

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